terça-feira, 10 de novembro de 2009

Espinafre, gravidez e saude!

Hoje comprei uma maço de espinafre na quitanda da Sandra. Não lembrava como preparar - na verdade creio que nunca preparei. Minha mãe, Dona Palmira fazia e nunca tive curiosidade como prepara-la. Esta postado pelas diversas propriedades que possue e indicações para nossa saúde, além de há muito tempo ter sido abrasileirada. Roubado do site: http://www.nutricaoempauta.com.br/

Espinafre
O espinafre é um vegetal com folhas verdes escuras geralmente cozido antes de ser ingerido. Também pode ser consumido cru e usado em saladas. Disponível o ano todo pode ser utilizado em todas as estações. O espinafre servido com manteiga fresca é um acompanhamento clássico para carne de vitela e aves. Na Idade Média o espinafre era tão popular na Europa que em épocas de escassez se utilizava as folhas de beterraba e de nabo como substitutos. "A' la Florentine" é um termo francês que significa "no estilo de Florença, Itália". Este termo pode ser usado para descrever muitos pratos que utilizam espinafre como o ingrediente principal. "Alla Fiorentina" surgiu na Itália por causa do desejo que uma mulher tinha de consumir espinafre. Nascida na Itália, Catherine de Medici, que deixou Florença para casar-se com um Rei francês, tinha dois amores. O fetiche de Catherine pelo espinafre a levou a ingeri-lo em todas as suas refeições. Os chefes de cozinha do rei foram obrigados a desenvolver inesgotáveis formas para apresentar este prato, e assim nasceu "A´ La Florentine".Originado no Oriente Médio, os espanhóis desenvolveram a colheita do espinafre durante o século VIII e provavelmente o trouxeram para o resto do mundo. Durante o século XVII, o espinafre demonstrou sua popularidade sendo cozido com açúcar e usado em sobremesas. Hoje, muitas pessoas se interessam pelo espinafre devido aos seus benefícios para a saúde.Para preparar o espinafre, remova os talos com uma faca e lave com bastante água, descartando as folhas amarelas ou murchas. Coloque as folhas em uma panela com água fervente e cozinhe por aproximadamente 8 minutos. Esprema as folhas com as mãos e deixe escorrer em uma peneira grande ou coador. Os vegetais verdes escuros como o espinafre são ricos em nutrientes como ácido fólico, ß-caroteno, potássio, vitaminas A e C, folato, magnésio, cálcio, ferro, outros carotenóides, e fibras dietéticas.Estudos recentes tem demonstrado que vegetais com folhas verdes escuras como o espinafre podem reduzir significativamente o risco de doenças do coração, infarto e certos tipos de câncer. Rico em cálcio e magnésio, o espinafre pode também ser benéfico para aqueles que sofrem de osteoporose. Fonte também de ácido folico e magnésio, o espinafre é extremamente bom para o sistema imunológico. O espinafre também é um alimento indicado para as mulheres que pretendem engravidar, antes e durante a gestação, pois o ácido fólico é importante na formação do tubo neural, tendo sido demonstrado que reduz as chances de um bebê nascer com espinha bífida e outros defeitos do tubo neural.Autor
Chef Patrick Martin

Vice-Presidente de Desenvolvimento Educacional em Culinária, é o Embaixador Internacional do Instituto "Le Cordon Bleu". Com mais de 25 anos de experiência trabalhou no Le Doyen, Dalloyau e Flo Prestige na França. Ganhador de vários prêmios internacionais, supervisionou o desenvolvimento técnico e a abertura da escola de Tókio e ajudou a estabelecer o nível profissional das escolas da França, Londres e Tókio.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Culinária da Bahia - Santa Amaro

Esta relação estava na cozinha do Cimples Ocio e servia como consulta para a reunião semanal dos umbigueiros - turma que reune-se para conhecer melhor nossas comidas populares. São os pratos da cidade de Santo Amaro na Bahia - terra de samba.
- não anotei a fonte, mas deve ser de um site da prefeitua de Santa Amaro da Bahia.
* anduzada
* efó
* moqueca de peixe
* maniçoba
* xinxim de galinha
* sarapatel
* caruru
* vatapá
* escaldado de caranguejo
* caldo de sururu
* caldo de gorongondé
* mariscos em geral

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Metodologia da criatividade na cozinha

Estava procurando mais algumas dicas sobre como evitar cheiros na geladeira e achei ótimo a postagem do Rainha do Lar. Segue uma copia para ficar por aqui:


Processos criativos na cozinha

Eu não sou uma cozinheira muito metódica no meu dia-a-dia. Só planejo cardápios para festas. Também são raras as vezes em que busco uma receita para seguir na íntegra. Os pratos vão sendo criados a partir do acaso, de desejos que espetam, da necessidade de reaproveitamento ou de praticidade, enfim, a maioria das receitas que publico aqui obedecem a este tipo de processo criativo, e se tivesse que listá-los eles seriam:

1. O processo do desejo: uma vontade louca de comer camarão, por exemplo, mas um camarão sem sobrenomes do tipo "ao alho e óleo", "moqueca", "bobó". Apenas camarões. Daí eu vou puxando, sim mas como é esse camarão? Ele tem molho? Tem, de tomates frescos. Daí eu parto para a rua exclusivamente para comprar os meus camarões, no melhor fornecedor possível, que é o pescador lindo de olhos azuis, porém rudíssimo, que vende camarões médios fresquinhos a 16 o quilo (podendo cair para 14) numa ruela do Dois de Julho, onde compro também belos tomates. O resto dos ingredientes, se houver, eu vou encontrar por ali mesmo.

2. O processo da praticidade: Gostaria de comer em casa, mas o tempo é curto. Prato único, massa! Mas tem que ser uma massa leve, pois tenho uma tarde enorme de trabalho pela frente. Legumes! Vejamos os que tem na geladeira... e será este o processo criativo.

3. O processo do reaproveitamento: Não existe a menor necessidade de partir para aquele frango no congelador com estas sobrinhas de arroz, carne e legumes. O almoço de hoje será feito com estas sobras. Teremos maravilhosos bolinhos de arroz com carne, e uma boa salada com estas folhas que não devem passar de hoje e uma chapa de legumes, que também já estão na sua hora. Assim, eu zero a geladeira, não corro o risco de perder nada, e aí sim, posso partir para o franguinho amanhã.

4. O processo da encomenda: "Mãe, faz batata frita?" Faço meu filho, mas deixa eu ver aqui na geladeira o que vai bem com a tua batata frita...hum... talvez aquele peitinho de frango desfiado, que fica bem com um colorido de milho e ervilhas... e depois Bento adora bolinhas coloridas... e assim rola o processo da encomenda, que pode partir também do desejo de amigos.

5. O processo da dificuldade: É o exercício máximo da criatividade, quando a geladeira e a despensa estão praticamente vazias e eu preciso dali espremer um almoço, com os dois últimos ovos, as últimas folhinhas de ervas, 1/2 tomate, 1/4 de cebola... é quando uso aquele cogumelo seco que eu comprei e até hj não usei, ou aquela lata de milho que sobrou de uma festa, que estavam escondidinhos no armário. Hora de bisbilhotar seriamente todos os compartimentos. Este processo geralmente surpreeende pelos resultados inusitados quase sempre deliciosos.

6. O processo da inspiração: Folheio um livro ou assisto a um programa de culinária, pego uma ótima idéia, mas acho que ficaria melhor se ao invés de frito fosse assado, ou se ao invés daquele queijo amarelo, a sua versão com bufála ficasse fabulosa, a meu ver, e mal posso esperar até o dia seguinte. O processo da inspiração pode acontecer também, e isso é muito frequente, a partir de algo que eu comi em algum lugar, enlouqueci e preciso reproduzir a minha leitura em casa.

7. O processo experimental: Resulta da curiosidade de misturar ingredientes, e experimentar produtos novos. Passo na Perini e descubro um novo produto, tipo uma cauda de jacaré, um molho pronto diferente, uma massa exótica, um cogumelo alienígena, começo a ter idéias de combinações com outros ingredientes que eu tenho, e vou para casa em cólicas!

Bom, acho que estes são os meus principais processos criativos. E quanto aos da comadre?
fonte: www.rainhasdolar.com

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Iguarias Brasileiras

Estes dias na reuniao dos Umbigueiros, um grupo voltado a preparar pratos da culinaria regional do Brasil, que reune-se semanalmente no Cimples Ocio, teve momentos acalorados na discussão entre dois dos participantes, Marcus e Nereira, esta apresentando-se para preparar alcachofras, questionada de forma veemente que não seria um prato tradicional de nossa culinária. Clima quente que teve ate posteriores fundamentações das partes.
A alcachofra tem mais de seculo no Brasil e pode não ser considerado um prato regional, portanto ambos devem ter suas razões.
Bom isto tudo para mostrar alguns pratos mais conhecidos mostrados em Nova Iorque em 2006. Materia do ministerio do Turismo. Umas das cozinheiras, Dadá, conheci e bati bons papos em Salvador alguns anos atras. Segue o texto:

Gastronomia brasileira atrai 4 mil pessoas na ONU
02-06-2006 15:06:08 Da Redação: Fonte - Ministério do Turismo

O Brasil encerra hoje, dia 2, sua participação no festival gastronômico da ONU (Organização das Nações Unidas) tendo atraído cerca de quatro mil pessoas.
O “International Food Festival - United Nations Delegates Dining Room”, dedicado às iguarias brasileiras, foi promovido na sede do órgão, em Nova York (Estados Unidos), desde o dia 22 de maio. A ação foi uma iniciativa do Ministério do Turismo, por meio da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e de seu programa de Relações Públicas no exterior, em parceria com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).
Com uma média de visitação diária de 400 pessoas, o festival recebeu o corpo diplomático, funcionários da ONU e público em geral.
A partir do cardápio elaborado por quatro chefs brasileiros, tiveram a oportunidade de experimentar o que existe de melhor na culinária brasileira. “É muito oportuno o fato de a ONU congregar uma comunidade de formadores de opinião em todo o mundo”, destacou Artur Araújo, diretor de Marketing da Embratur.
A oportunidade foi identificada pelo EBT (Escritório Brasileiro de Turismo) nos Estados Unidos, que iniciou as negociações. "Aproveitamos uma chance de aumentar o nível de conhecimento e de desejo do Brasil naquele país, criando uma imagem que vai além de Sol e Praia", acrescenta Araújo. A ação foi orientada pelo Plano Aquarela - Marketing Turístico Internacional do Brasil, estudo que dá as bases para a promoção do País no exterior nos próximos anos.
Entre 22 e 26 de maio, a cozinha da ONU esteve dividida entre Alice Mesquita de Castro, do restaurante Alice, de Brasília (DF) e o chef Fábio Sicilia, do Dom Giuseppe, de Belém (PA).
Do dia 30 de maio em diante, os cozinheiros profissionais Ivo Faria, do Vecchio Sogno, de Belo Horizonte (MG), e Dadá, do Tempero da Dadá, de Salvador (BA), comandaram a cozinha.
Todos os chefs tiveram de elaborar um menu variado para as cerca de 400 pessoas - entre jornalistas e autoridades de todo o mundo. Para cada almoço, sugeriram seis pratos frios, dois aperitivos, uma sopa, uma massa, um peixe, um frango, uma carne vermelha, um carving station (carne para servir fatiada) e sobremesas.
Entre os pratos já servidos e de maior sucesso na primeira semana do festival estiveram a sopa de mandioca com queijo, a feijoada, farofa de ovos, frango com catupiry, peixe com molho de acerola, doces de compotas, goiabada, brigadeiro e pudim de leite condensado.
Além dos almoços, os chefs participaram do Chef´s Table no dia 25 de maio e de um cocktail no dia 23 de maio. O Chef´s Table teve presença de imprensa local e correspondentes internacionais.
O menu degustação contou com os seguintes pratos: acarajé com vatapá de bacalhau e camarão (entrada preparada pela baiana Dadá dos Santos), Frango com quiabo e couve frita (segundo prato elaborado pelo chef mineiro Ivo Faria), Medalhão de filé mignon com molho agridoce de maracujá e manga, acompanhado de arroz com pimenta rosa (terceiro prato preparado por Alice Mesquita de Brasília) e bolo de cacau com recheio de cupuaçu coberto com castanha do Pará e sorvete de creme (sobremesa elaborada pelo chef paraense Fábio Sicília).

Culinaria do Parana

Não aguentei e vou copiar o texto inteiro - na verdade estava procurando algo sobre o churrasco no Parana e postar alguns trechos bem resumidos e acabei caindo na pagina da Secretaria de Cultura do Estado do Parana e lendo achei que seria interessante a variedade de cidades e pratos. Vamos lá:
Turismo Gastronômico
A culinária paranaense é a mistura das influências de todos os povos que aqui chegaram ou dos que aqui já habitavam. Assim os índios paranaenses essencialmente coletores, tinham no pinhão, o alimento por excelência. Os coroados guardavam as sementes em cestos submersos em água corrente por 48 horas, sendo posteriormente secas ao sol, para serem consumidas fora da época de safra.
Até hoje o pinhão incorpora-se aos hábitos alimentares dos paranaenses, associados às festas juninas ou aos costumes do homem do campo como a sapecada, a paçoca ou ainda em saborosos pratos servidos em sofisticados restaurantes: croquetes, sopas, aperitivos, suflês e panquecas de pinhão.
Relativos a esses hábitos era comum entre os índios notadamente os xetás, ingerir folhas de erva-mate como alimento. Dali a herança do paranaense que, cultiva até hoje o costume de tomar chimarrão, chá-mate e outras formas de bebida e infusão. É ainda de influência indígena na gastronomia, o conhecimento das frutas e raízes nativas, o preparo do milho e da mandioca na confecção das farinhas, do cuscuz, pamonhas e bijus, na pesca e na caça com a carne "moqueada" que é assada em buracos aquecidos.
De influência portuguesa, o Barreado originário dos sítios dos pescadores, com o decorrer do tempo, passou para as cidades litorâneas, onde é cultivado há aproximadamente 200 anos nos municípios de Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Morretes e Paranaguá.
Da expressão "barrear" a panela, com pirão de cinza e farinha de mandioca, para evitar que o vapor escape e o cozido seque depressa, vem o nome Barreado uma contribuição dos açorianos, que deu nome ao prato.
O Barreado representa fartura, festa e alegria, adotado como prato do período do entrudo - o precursor do carnaval, sendo sua característica a de que mesmo requentado, não perde o sabor original, o que liberava as pessoas durante os folguedos populares, não precisando cozinhar. Os ingredientes que compõem o Barreado constituem-se de carne, toucinho e temperos. Antes, seu cozimento era feito pelos antigos habitantes do litoral em valas sobre um braseiro, levando cerca de 24 horas para que ficasse no "ponto". Um verdadeiro ritual, para preparar àquele que se definiu como o prato típico do Paraná.
Com o Ciclo do Tropeirismo mudou não só o foco econômico do Estado, mas a cultura e os costumes, que sofreram influências dos locais por onde passaram os Tropeiros, que transportavam não só tropas, mas foram mensageiros de notícias, consolidadores de caminhos e fundadores de núcleos populacionais ao longo do percurso. Constituíram-se em elos de integração entre vilas, povoados do Brasil meridional e até do exterior, assimilando inclusive palavras de origem castelhana, como churrasco, charque, bombacha, arroio, incorporado ao linguajar do paranaense.
A gastronomia também sofreu influência das "andanças" dos tropeiros que assimilavam certos tipos de comidas disseminando-as por onde passavam. Desta maneira, as cidades nascidas de antigos "pousos" como a Lapa, Castro e Tibagi cultivam ainda hoje saborosos pratos como a Quirera Lapiana, o Virado de Feijão, o Arroz Tropeiro, o Castropeiro e a Paçoca de Pinhão com Charque.
Com os movimentos migratórios e imigratórios, os paranaenses incorporavam hábitos alimentares dos novos habitantes notadamente alemães, italianos, poloneses, ucranianos dos quais o costume de conservar a carne de porco imersa na banha, o uso da quirera de milho amarelo, o boi, o porco e o carneiro, assados inteiros no rolete.
Mais recentemente vários municípios instituíram pratos típicos, cultivando as tradições dos antepassados e os aspectos sócio-econômicos regionais, que muitas vezes traduzem-se em animados eventos gastronômicos, que fazem a delícia dos visitantes como:
Concurso do Dourado Assado – Foz do Iguaçu
Concurso do Porco à Paraguaia – Missal
Festa da Costela – Apucarana
Festa da Costela no Chão – Maria Helena
Festa da Costela no Chão e Porco no Tacho – Iporã
Festa da Leitoa ao Fogo-de-Chão - Santo Antonio da Platina
Festa da Leitoa Desossada à Pururuca - Paraíso do Norte
Festa da Leitoa Entrincheirada – Juranda
Festa da Leitoa Fuçada – Janiópolis
Festa da Leitoa Mateira - Mamborê
Festa da Leitoa no Tacho - Lobato e Ribeirão Claro
Festa da Piapara na Telha – Alto Paraíso
Festa da Tainha - Paranaguá
Festa da Tilápia – Porecatu
Festa da Vaca Atolada - Boa Esperança
Festa do Boi no Rolete – Altônia, Engenheiro Beltrão, Marechal Cândido Rondon, Planalto, Ribeirão Claro, Santa Fé e Santa Terezinha de Itaipu
Festa do Borrego no Rolete - Irati
Festa do Caranguejo - Pontal do Paraná
Festa do Carneiro ao Molho Procopense – Cornélio Procópio
Festa do Carneiro ao Vinho - Peabiru
Festa do Carneiro Desossado e Recheado – General Carneiro
Festa do Carneiro no Buraco - Campo Mourão
Festa do Carneiro no Rolete – Carambeí, Piraquara e Ribeirão Claro
Festa do Charque - Candói
Festa do Charque a Vapor – São Mateus do Sul
Festa do Costelão – Luiziana, Maripá, Palotina e Santa Helena.
Festa do Costelão ao Fogo-de-Chão – Paranavaí
Festa do Cupim Assado - Pato Bragado
Festa do Cupim Noroeste – Alto Paraná
Festa do Dourado na Grelha – Medianeira
Festa do Dourado no Carrossel – Itaipulândia
Festa do Frango – Bom Sucesso, Cafelândia, Novo Itacolomi, Toledo e Umuarama
Festa do Frango Caipira Graciosa – Quatro Barras
Festa do Frango Desossado e Recheado – Maripá
Festa do Frango, Polenta e do Vinho – Curitiba
Festa do Lambari – Porto Vitória
Festa do Leitão a Dois Vizinhos – Dois Vizinhos
Festa do Leitão à Pururuca – Engenheiro Beltrão
Festa do Leitão à Sarandi – Toledo
Festa do Leitão a Xaxim - Toledo
Festa do Leitão Maturado - Goioerê
Festa do Leitão na Grelha – Céu Azul
Festa do Matambre Recheado – Pato Bragado
Festa do Peixe na Telha - Marilena
Festa do Pernil à Pururuca - Farol
Festa do Pierogi – Araucária
Festa do Pintado na Telha - Guaíra
Festa do Pirá de Foz – Foz do Iguaçu
Festa do Porco à Paraguaia – Céu Azul
Festa do Porco na Lata – Mandaguaçu e Santo Inácio
Festa do Porco no Rolete – Cidade Gaúcha, Mandaguaçu, Sertaneja e Toledo
Festa do Porco Recheado e Assado ao Forno – Toledo
Festival da Alcatra - Santa Helena
Festival da Carne Suína – Medianeira
Festival de Frutos do Mar – Pontal do Paraná
Festival do Frango – Matelândia
Galinhada Orgânica – Missal
Assim, na Região Oeste do Paraná, o Porco no Rolete é uma das principais atrações gastronômicas. Prato típico do município de Toledo que requer técnica e arte na hora do preparo.
O porco de aproximadamente seis meses é assado inteiro num rolete que gira sempre na mesma direção e velocidade. Um mês antes do abate, a alimentação do animal é trocada para que haja diminuição da banha sem a perda de peso.
Não há como precisar a origem desse prato, uma vez que o costume de assar animais inteiros no espeto, é comum a diversos povos. O município de Toledo foi colonizado basicamente por alemães e talvez por isso o Porco no Rolete leve uma quantidade de temperos refinados, como a alfazema, a noz-moscada o alecrim e muito vinho branco seco.
Cada assador tem seus próprios segredos na hora de preparar a carne. Sabe-se que mais de 30 ingredientes fazem parte do recheio, de acordo com o paladar e com a imaginação de cada um. A receita tradicional leva lingüiça calabresa, carne moída, milho verde, ervilha, palmito e cogumelos. Um dos segredos na hora de assar o animal consiste em furar o couro para que a gordura saia, o que facilita a digestão. O Porco no Rolete leva cerca de 20 horas para ficar pronto. Segundo os gourmets, todo o sacrifício do preparo vale a pena.
Em maio de 1974, na sede campestre do Clube de Caça e Pesca de Toledo, entre uma cuia de chimarrão e uma caipirinha, aos acordes do violão e gaita, em torno de um braseiro onde se assa um churrasco temperado com muita história, bravatas apostas e desafios, clima ideal para uma grande idéia. Assim foi e assim se fez.
Celeste Vivian, progressista agricultor local, afirmou que sabia assar um porco inteiro recheado com temperos exóticos, enfiado num só espeto de madeira, que girava impulsionado manualmente. Desafio feito e aceito, nos dias seguintes o assunto passou a empolgar outros sócios do clube que começaram a formar equipes, com seus respectivos assadores.
A Diretoria do Clube de Caça e Pesca, juntamente com as equipes participantes, organizou o regulamento e convidou um grupo de pessoas de destaque na cidade para constituir um corpo de juízes degustadores. Estava criado o mais delicioso evento gastronômico do Brasil, a Festa do Porco no Rolete, cujo ponto alto é o torneio entre as equipes de assadores.
O prato típico de Campo Mourão, o Carneiro no Buraco, resgata o costume indígena de se cozinhar alimentos em buracos escavados no chão, para evitar o risco de provocar incêndios nas florestas. Existem indícios de que o prato incorpora costumes resultantes do intercâmbio acontecido por volta de 1580 com a chegada dos jesuítas ao continente sul-americano.
Esta forma inusitada de preparo da comida chamou a atenção de um grupo de pioneiros da cidade, que resolveu introduzir na receita uma série de inovações. Da primeira utilizada à atual, foram realizadas muitas experiências e adaptações para aprimorar a iguaria, que ao longo dos anos foi servida esporadicamente em encontros de amigos.
Na década de 80 a tradição se arraigou e autoridades e outros visitantes ilustres passaram a ser recepcionados no município sempre com Carneiro no Buraco. Campo Mourão instituiu a iguaria como prato típico e criou a Festa Nacional do Carneiro no Buraco em 1990, a partir de um movimento desencadeado pela confraria da Boca Maldita. O evento gastronômico é realizado sempre no segundo domingo de julho e tem por objetivo preservar e divulgar essa deliciosa tradição do município e de seus colonizadores.
O prato tem hoje um alto padrão de qualidade e está entre as comidas típicas mais conhecidas do Paraná. Agrada até mesmo os vegetarianos, em razão da grande quantidade de legumes e tubérculos. O Carneiro no Buraco divulga Campo Mourão em todo o Brasil e até em países vizinhos.
Pratos Típicos e Receitas com Pinhão
ROTEIRO GASTRONÔMICO DO PARANÁ
Campo Mourão - Gastronomia
Cascavel - Roteiro Gastronômico
Curitiba - Alimentação
Foz do Iguaçu - Gastronomia
Guaratuba - Alimentação
Lapa - Restaurantes
Londrina - Gastronomia
Morretes - Alimentação
Ponta Grossa - Gastronomia
Pontal do Paraná - Gastronomia
São José dos Pinhais - Onde Comer
Toledo - Gastronomia

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Festivais da cachaça - junho / julho 2009

VI Festival da Cachaça de São Lourenço - MG
Dias 19 a 21 de junho de 2009

VIII Festival Mundial da Cachaça
A Cachaça de Salinas
O crescimento da produção de cachaça genuinamente nacional é destaque no Brasil e no Exterior e representa cerca de 80% do segmento de destilados, sendo que a produção de cana-de-açúcar no Brasil, somente para a fabricação de cachaça, chega a 10 milhões de toneladas por ano, o equivalente a uma área plantada de 125 mil hectares.
Os produtores de Salinas também são atores deste mercado e respondem por uma das principais atividades econômicas do município que gera emprego e renda, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da região.
Todo o processo produtivo da cachaça de Salinas é artesanal e obedece a rígidos padrões de qualidade, sendo esta característica um grande diferencial para os mais exigentes paladares que apreciam o nosso produto, pois possuem sabor e aroma inigualáveis.
Intitulada CAPITAL MUNDIAL DA CACHAÇA, Salinas é terra de gente acolhedora, amiga e receptiva. Sempre de braços abertos ao nosso turista que prestigia a nossa cidade com sua presença.
Você é nosso principal convidado para o VIII Festival Mundial da Cachaça nos dias 17 a 19 de julho de 2009.

Mulheres na cachaça e homens na cozinha


Lançamento do livro, vejam mais detalhes:
http://www.cuecasnacozinha.com/


Vejam boas dicas para conhecermos mais cachaças pelo Brasil, datas sobre um festival de cachaça em São Lourenço/MG, tópicos sobre degustação e um blog legal com receitas e homens na cozinha com lançamento de livro:
http://www.garimpodacachaca.com/


"Esqueça a imagem do homem que bate com o copo na mesa, vira num só gole a dose de aguardente e estrala a língua para mostrar que agüentou firme o fogo da cana na garganta."
É com a participação de um grupo de mulheres que a cachaça gaúcha se afasta desse estereótipo e pouco a pouco conquista reconhecimento como um produto de qualidade.
E o melhor: não arranha a goela.
Patrícia Braga (cachaça Dom Braga), Jeanine Sangalli (Água da Pipa), Luzia Abreu (Bento Albino), Cristiane Barcelos (Moenda Nobre) e Carla Adam (Moenda Nobre) formam uma turma unida.
Estão à frente de quatro alambiques do Rio Grande do Sul que produzem por ano 110 mil litros de cachaça. É pouco se comparado com os cerca de 500 milhões de litros que o Brasil produz em alambiques, ou mesmo com os 15 milhões de litros fabricados no Rio Grande do Sul. Mas não é em quantidade que a bebida das gaúchas pretende se destacar.
Um dos desafios das cinco empresárias é enfrentar a idéia de que cachaça é coisa para homens e construir um mercado para o produto de qualidade.
- Acontece muito de eu ir a um bar, pedir uma cachaça e o garçom ficar assustado. Ainda mais aqui no Rio Grande do Sul. Em outros Estados, é até comum chegar em um restaurante fino e te oferecerem uma cachaça de aperitivo - conta Luzia.
Durante a reportagem, as cinco empresárias da cachaça gaúcha sorriram, retocaram a maquiagem, deram risada dos momentos divertidos que passaram desde que se conheceram. A relação foi construída durante a convivência nas reuniões do grupo Alambiques Gaúchos, que reúne 17 estabelecimentos e é coordenado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Hoje, as cinco são muito mais amigas do que concorrentes. - Com a gente não tem essa coisa de segredo industrial. Dividimos experiências. Quando uma consegue uma boa muda de cana, passa para outra. Quando descobre bom fornecedor, indica - relata Patrícia.
Recentemente, os alambiques administrados pelas integrantes do grupo se uniram para comprar mais barato cerca de 12 mil garrafas de vidro, em um negócio que envolveu também a cachaça Weber Haus. Nas feiras nacionais e internacionais, as empresárias dividem estandes e engrossam o coro do Alambiques Gaúchos, lembrando que das 29 marcas de cachaça com qualidade certificada segundo padrões do Instituto Nacional de Metrologia, 11 são do Rio Grande do Sul. - Não temos como competir em volume com Estados como Minas Gerais. Mas, em qualidade, já estamos - assegura o coordenador de Agronegócios do Sebrae-RS, Angelo Aguinaga. Um aumento da ligação das mulheres com o negócio da cachaça e a possibilidade de se trabalhar o público feminino como consumidor foi constatado no estudo acadêmico que Carla Adam fez sobre o mercado, antes de investir R$ 300 mil para montar o próprio alambique, no ano passado. - Há muito campo a ser explorado (entre consumidoras), porque a mulher tende a ter um gosto refinado, presta mais atenção nos detalhes e conta com paladar aguçado - diz. Pelo menos entre as amigas, Jeanine já disseminou o gosto pela cachaça. Na confraria feminina que mantém com 17 mulheres, sempre dá um jeito de falar sobre o produto e promover degustações. E não se furta a responder a quem, por brincadeira ou preconceito, a chama de cachaceira. - Sou cachaceira, sim. Com muito orgulho!
Por: Sebastião Ribeiro - Fonte: ZERO HORA

- é um dos links deles (pesquisa) - vale a pena uma lidinha.
- outra site cheio de informação sobre cachaça artezanal:
www.amigosdacachaca.net

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Cerveja - polemicas, gostos e dominio de mercado

Terminando este capitulo das postagens sobre cerveja, entrem no blog abaixo e vão conhecer varias boas cervejas e sobre mercado leiam o texto logo depois. (Agora so me falta a grana para o consumo das super premium):
http://latinhasdobob2.zip.net/

Cervejas caipiras ganham espaço e consumidores fiéis no Brasil
Data: 20/03/2009


Fonte: http://www.industriadebebidas.com.br/noticia_02.php
O consumo de cervejas artesanais no Brasil cresce a cada dia.
A qualidade da produção nas microcervejarias é de deixar qualquer um boquiaberto. Consumidores que apreciam cervejas de qualidade têm hoje no país, uma gama de opções de artesanais.
Alexandre Bazzo, cervejeiro e proprietário da Cervejaria Bamberg de Votorantim, SP, ressalta que "as microcervejarias artesanais trazem a cultura cervejeira e oferecem produtos com maior sabor e aromas porque utilizam matéria prima de maior qualidade. "Bazzo viaja frequentemente à Europa em busca de ingredientes e métodos de fabricação de cervejas artesanais.
É especialista em estilos de cervejas e categórico ao se mostrar contra a imagem passada pela publicidade das grandes marcas de cerveja do país. Para ele, deve haver distinção entre o consumo de cerveja e a farra divulgada.
Estilos diferentes como a Altbier são as meninas dos olhos do cervejeiro.
Hoje ele é o único no Brasil a produzir este estilo de cerveja, cujas características vão contra tudo o que é incentivado hoje. É uma cerveja vermelha, amarga e com alto teor de lúpulo, ou seja, a antítese do que prega atualmente o mercado dominado pelas grandes cervejarias que investem em bebidas leves e com muito gás.
As cervejas artesanais raramente se utilizam de milho ou arroz em sua composição (que são cereais que não agregam sabor, apenas reduzem os custos), ingredientes usados no processo de fabricação das macrocervejarias.
Para Bazzo, "o brasileiro está aprendendo a beber cervejas artesanais de ótima qualidade e consequentemente passa também a se interessar pelos métodos de fabricação dessas cervejas. "Exemplo de sucesso no setor, a Bamberg foi eleita este ano a melhor pilsen artesanal do Brasil, em degustação promovida pelo caderno Paladar do Estado de São Paulo.
A microcervejaria tem apenas dois anos e produz vários estilos de cervejas, dentre elas a Munchen, Bock, Weizen, Pilsen e a Alt, única cervejaria do Brasil que produz este tipo de cerveja. "Produzir cervejas de alta qualidade com sabor e aroma é hoje realidade nas microcervejarias do Brasil. A pesquisa, dedicação e utilização de matérias primas de qualidade na produção são itens fundamentais nesse processo, presentes na maioria das microcervejarias do país", finaliza Bazzo

Cerveja - marcas e fotos de 116 paises + delirium tremens

Esta achei no blog combustão, buscando algumas curiosidades sobre a cerveja nossa de cada dia. E na busca sobre cervejas belgas, achei uma que tomei uns tempos atras e aproveitando o ensejo da postagem anterior sobre nossas pilsens fraquinhas roubei o texto.
Vejam foto neste blog das cervejas mais populares:
http://www.combustao.org/2008/11/cerveja-pelo-mundo-116-marcas-e-paises/

Texto sobre a cerveja que ja provei:

O que vem à sua cachola quando ouve o termo "DELIRIUM TREMENS"?

Seja o que for, com certeza tem a ver com essa deliciosa cerveja belga.
Ah sim, porque "DELIRIUM TREMENS" é uma "Strong Ale" macia, encorpada, e com uma graduação alcoólica de delirantes 8,5% !Os belgas tem uma relação de amor com suas cervejas que arranca lágrimas dos olhos.
São tantas as variedades - em sua grande maioria, artesanais - que lembra um paraíso onde se quer passar o resto da eternidade...E são sacanas também.
Não é nada incomum encontrar biers de nomes engraçados, provocantes e até blasfemos.
No caso da DELIRIUM, a bagunça começa pelo rótulo, cheio de conhecidos que sempre aparecem em algum estágio da bebedeira. O principal: um elefante rosa. O visual só fica sério quando você nota a garrafa pintada para parecer cerâmica de Köhln (do tipo usado para envasar algumas das mais deliciosas birras do planeta).
O "cervejeiro de churrascos de fim de semana regados a pagode e antarctica (argh!)" vai achar esse néctar um tanto forte. Já o apreciador vai notar que a alta graduação alcoólica é suavemente quebrada por um fundo frutado, mistura de 3 tipos de cevada, bem típico das Ale Belgas.
Embora produzida por uma cervejaria centenária (Huyghe), só foi introduzida no mercado em 1989.
O sucesso é tanto pelo sabor delicioso quanto pela apresentação prosaica, que faz os turistas levarem caixas e mais caixas para os amigos bebuns...Se você ainda não teve a experiência Delirium Tremens, eu desejo que não demore pra isso acontecer.
Mas que seja a cerveja, não o surto...Nota para a belga doidona: 10 com louvores (11, se bebida em plena Grote Markt, a praça mais linda da Terra...)
fonte: conservadonorock.blogspot.com/2009/05/uma-belga-doidona.html

Cerveja - historia


Faz tempo que procurava algo da historia da cerveja. Roubei do site da Ambev.
Hoje aos cinquenta anos estou meio enjoado destas pilsens comuns empurradas gargalo abaixo (de preferencia 600ml) pelas industrias endinheiradas do Brasil. Vale pelo texto.


História da Cerveja
Muitos dos hábitos e das possibilidades que hoje cercam a cerveja brasileira são resultado de uma longa e lenta evolução. Muita coisa mudou – inclusive a própria bebida – desde que os primeiros barris desembarcaram no Rio de Janeiro, nos porões dos navios que trouxeram a Família Real portuguesa para o exílio no Brasil, em 1808.
Sabe-se que o próprio príncipe regente Dom João, notório apreciador da cerveja, foi um dos principais responsáveis por sua difusão. É verdade que a cerveja consumida por Sua Alteza não era exatamente o líquido dourado, brilhante e leve que os brasileiros aprenderiam a saborear. Em vez das loiras geladas, o príncipe apreciava as marcas mais morenas e encorpadas, típicas da Inglaterra. Uma questão de preferência motivada, talvez, pelo desconhecimento de outras possibilidades.

Até chegar ao atual estágio, a cerveja – uma das bebidas mais antigas do mundo – percorreu um longo caminho. Muita gente ainda acredita que o líquido tenha se originado na região da atual Alemanha, de onde teria se espalhado para o restante da Europa durante a Idade Média. A história não é bem essa. Pode-se dizer, sem exagero, que a evolução da bebida confunde-se com a própria história da civilização.
Segundo alguns pesquisadores, mesmo antes de surgirem as primeiras aldeias na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, onde é hoje o Iraque, por volta do ano 3500 a.C., nossos ancestrais já consumiam um líquido alcoólico resultante da fermentação de cereais imersos em água. O que se sabe, com certeza, é que a humanidade aprendeu a fazer cerveja tão logo descobriu uma forma de armazená-la e antes mesmo de dominar a arte de fazer o pão.
Os sumérios e os babilônios foram os primeiros a legar para as gerações posteriores um registro de como se fabricava a bebida. Um monumento conhecido como Pedra Azul, que se encontra hoje exposto no Museu do Louvre, em Paris, datado dos primórdios da civilização suméria, contém inscrições sobre como se produzia a cerveja. Conforme registros que datam de cinco milênios atrás, esses povos dominavam os processos produtivos de mais ou menos 20 tipos de cervejas diferentes. O principal deles dava origem a uma bebida conhecida como Sikaru, utilizada para honrar os deuses e para alimentar os doentes.

O certo é que a cerveja logo se popularizou entre os povos antigos e não tardou a ultrapassar os limites da Mesopotâmia. Dali, o líquido precioso chegou ao Egito, onde passou a ser produzido em larga escala. Arqueólogos que conduziram escavações nas tumbas dos faraós, em meados do século XIX, encontraram entre os objetos de ouro e dos outros tesouros sepultados ao lado os soberanos, cestos e mais cestos abarrotados com os cereais utilizados na produção da cerveja. Um papiro, escrito há mais de mil anos da era cristã, tratava do processo de produção de uma bebida forte, chamada Dizythum, e de uma outra mais fraca, batizada de Busa. Em 1990, descobriu-se nas escavações do Templo do Sol, da rainha Nefertiti, uma enorme cozinha onde se produzia a cerveja à base de cevada, que ainda hoje é o principal malte utilizado na fabricação das cervejas.
Tudo isso dá uma idéia do prestígio que a bebida tinha entre um dos povos mais evoluídos da Antiguidade.
E mais: há registros de que a cerveja era distribuída aos trabalhadores que ergueram as pirâmides – com o objetivo de relaxá-los. Ou seja, desde os tempos mais remotos, o hábito de tomar uma cervejinha depois do batente já era considerado saudável. Tudo isso comprova que os egípcios, de fato, eram mais sábios do que se imagina.
Inspiração divina
De uma forma ou de outra, as bebidas alcoólicas produzidas a partir da fermentação de cereais e outras plantas eram conhecidas em diversas partes do mundo. Em algumas regiões da África, produziam-se bebidas a partir de gramíneas nativas como o sorgo e o milheto. Os chineses dominavam um processo de fabricação mais avançado do que o egípcio e produziam uma cerveja à base do arroz.
A civilização asteca, que floresceu onde hoje é o México, e os próprios índios que viviam nas matas que viriam a se tornar o Brasil tinham suas bebidas fermentadas.
O líquido criado pelos habitantes primitivos da nossa Pindorama era obtido a partir da fermentação da mandioca. Mas o certo mesmo é que o processo do qual se originou a cerveja que hoje conhecemos foi aquele desenvolvido no Egito e que chegou à Europa no alvorecer da Era Cristã, levado pelos conquistadores romanos, que se encarregaram de espalhá-lo pelo seu vasto império.
No século I d.C., a cerveja já era produzida pelos antepassados dos alemães e dos franceses. E logo alcançou outras regiões do continente.

A Idade Média, vista por muita gente apenas como um período de trevas, também teve seus momentos iluminados. Foi naquela época, mais precisamente entre os anos 700 e 800, que a cerveja passou a ser produzida nos mosteiros e deu os primeiros passos para tornar-se esta bebida nobre, de sabor ligeiramente amargo. Foram os monges da era medieval os responsáveis pela adição do lúpulo à fórmula da cerveja – o que, sem dúvida alguma, deve ser visto como um sinal de inspiração divina. Hoje, as dezenas de variedades dessa planta estão presentes na grande maioria das cervejas conhecidas no mundo. A intervenção dos monges representou um passo importante não só no aperfeiçoamento do sabor, mas também na conservação da bebida.

Explica-se:
As cervejas mais antigas, preparadas segundo um processo extremamente rudimentar, tinham um ciclo de vida muito curto. Adicionava-se água ao malte e, depois, alguns aromatizantes que podiam ser a camomila, o coentro, a canela, o gengibre, o zimbro, o açafrão e até mesmo o pêssego. Essa mistura era posta para fermentar – e nesse processo se formava o álcool e o gás carbônico característicos da bebida. Os monges descobriram que o lúpulo não apenas empresta à cerveja o sabor amargo que a caracteriza nos dia de hoje como, também, impede que se deteriore num período muito curto de tempo. Ou seja, além de sofisticar o gosto, esse ingrediente comprovou-se um conservante natural e de ótima qualidade.
Graças à adição do lúpulo à sua receita, a bebida se disseminou pela Europa, vindo a adquirir, com o tempo, as características regionais que deram fama às cervejas de diversas partes do mundo. A Inglaterra, a Irlanda, a Holanda e a Bélgica são berços de algumas cervejas de excelente qualidade e de ótima reputação.

Nem todas, no entanto, são feitas da mesma maneira.
Assim como os antigos egípcios tinham a Dizythum, uma bebida mais forte, e a Busa, mais suave, as cervejas modernas também se dividem, basicamente, em duas grandes famílias. De um lado estão as do tipo Ale, como são conhecidas as cervejas de alta fermentação. Do outro, as Lager, de baixa fermentação. É desse segundo ramo genealógico que se origina o tipo de cerveja mais apreciado no Brasil.
Bebida shakespeariana
Em sua obra, Willian Shakespeare faz 14 menções à palavra “Ale” e cita cinco vezes a palavra “beer.” Isso nos leva a duas conclusões: uma é que no tempo de Shakespeare – ele viveu de 1564 a 1616 – a cerveja já era uma bebida muito popular; a outra é que além de gênio, o dramaturgo era um homem de bom gosto.

fonte: http://ambev.com.br/soc_01.htm

segunda-feira, 27 de abril de 2009

viagem gastronômica através do brasil - indicação de livro

Em pleno domingo fiz algumas buscas ou viagens virtuais a procura de novos pratos para a reunião do "umbigos recostados na mesa" às terças no Cimples Ócio, encontrei este blog e surrupiei o texto. Já tinha lido algumas coisas sobre o livro. É salgado (rsrsr) custa R$ 95, mas que vai adocicar e agregar valores historicos e comensais.

indicação de livro: viagem gastronômica através do brasil
(texto de Kátia Najara (Katita - http://www.rainhasdolar.com/)
de Caloca Fernandes (é macho!) É uma prova incontestável de que a gastronomia é dado cultural da maior importância. a generosidade da natureza para conosco, propiciando infindáveis recursos, e a inventividade do nosso povo, desde a chegada de cabral, resultaram na criação de pratos de inigualável sabor advindos de todos os cantos do país.
O livro é organizado por regiões (a cara do nosso blog). cada qual apresenta os seus quitutes mais característicos, lindamente ilustrados por fotografias enormes que parecem que vão saltar do livro, de tão vivas que são, de nossas feiras, insumos, peixes, frutas e cultura gastronômica popular.
A alimentação indígena, somada à contribuição portuguesa, à africana, um pouco da história dos nossos insumos mais característicos, como o milho, a mandioca, o feijão, o arroz, a carne-seca, o acúcar e o café, introduzem a viagem que começa pelo norte, com pato no tucupi, maniçoba, musse e brigadeiro de açaí, tacacá, beiju, pudim de tapioca, torta de cupuaçu, e tantas outras delícias à mesa.
Chegando ao nordeste, a dieta inclui as peixadas e o arroz de cuxá do maranhão, o atolado de caranguejo e a queijadinha do ceará, o bolo de rolo, a paçoca de carne, o arroz de leite e a galinha de cabidela pernambucana, até os beiços lambuzados de dendê pelo acarajé, efó, moquecas, bobó, vatapá, caruru, arroz-de-hauçá, carne-de-sol com pirão de leite, cuzcuz, mingaus, bolos de carimã e quindins de iaiá de sobremesa, aqui da bahia.
O centro-oeste nos ensina a fazer escabeche de pacu, caldo de piranhas, linguiça de maracaju, arroz com guariroba, pamonhas, arroz de pequi e arroz de puta rica, que já vale a pena só pelo nome.
O sudeste tem a contribuição do clássico tutu de feijão, angu e broinhas de milho de minas; a autêntica feijoada, o bolinho de bacalhau, o camarão com chuchu e a caipirinha cariocas;
De São paulo, o cuzcuz paulista, o filé do moraes, as rãs à inezita barroso, os pastéis de palmito, farnel, bolo do quibebe, e goiabada cascão de sobremesa.
O sul fecha o cardápio com barreado, tainha na telha, arroz de carreteiro, galeto al primo canto, vinho quente e ambrosia.
Esse livro é emocionante e fica muito bem largadão em algum lugar da casa de tão lindo que ele é. Penso tratar-se de leitura obrigatória para todos nós que gostamos de comida e história do brasil.
Senac - São Paulo. capa dura, 30cm X 23cm. 95 pilas.
fonte:http://www.rainhasdolar.com/

segunda-feira, 9 de março de 2009

Porco no tacho - Londrina

So não consegui a receita mas a materia da postagem anterior era com o pessoal deste restaurante :
http://www.porconotacho.com.br/index.html
Segue um trecho da apresentação do site:
Nascida e criada no Heimtal, Nilda conta que tudo começou quando a família servia o porco no tacho apenas para jogadores de futebol, que disputavam partidas no campinho ao lado. A fama do prato se popularizou e culminou na abertura do Porco no Tacho, que foi aumentando sua freguesia gradativamente. O prato que dá nome ao restaurante é o grande atrativo. Seu preparo, segundo dona Nilda, começa com o tempero do porco cinco dias antes, que depois é cortado e frito no tacho bem quente, no fogão a lenha.
pesquisa e seleção de materia: Anildo Guedes

Leitoa no tacho - receitas do interior do PR


Ainda não é a receita que procuro. A ideal vi no na TV Sinal - canal 15 Curitiba, midia da Assembleia Legislativa do PR. Quando vi a materia fiquei impressionado, mesmo vendo somente o finalzinho. Uma delicia pelo jeito, feita com a propria gordura do porco. Estou doido para fazer. Segue a da Secretarida Cultura do PR.

LEITOA NO TACHO
Origem: São muitas as histórias da origem da Leitoa no Tacho, que hoje é tão famosa e apreciada. Todos que experimentam este prato gostam e comentam. Os cozinheiros do município são convidados para preparar a Leitoa no Tacho em todo o Estado do Paraná, por isso ficou sendo muito conhecida e os lobatenses, naturalmente, adotaram como prato típico da cidade (Lei Municipal 695/97). A Festa da Leitoa no Tacho é sempre realizada no dia do aniversário de emancipação política do município.
Abrangência: Lobato e região. Variações deste prato aparecem em outros municípios do Paraná, como Ourizona na região norte do Estado, com o nome de Porco no Tacho.
Ingredientes
Carne de leitoa congelada
óleo de soja
sal
alho
pimenta-do-reino
cheiro-verde a gosto
mandioca
limão ou laranja
farinha de mandioca
Modo de preparar
Corte a carne de leitoa congelada em pedaços pequenos e tempere. Em seguida, fervente, escorra e frite. Reserve a água da fervura da carne para cozinhar a mandioca, acompanhamento natural da leitoa no tacho (sucesso tão grande que muitos exageram, dizendo não saber o que é melhor: se o prato principal ou a mandioca). Para o preparo tanto da carne quanto da mandioca é utilizado um tacho e um fogareiro de alta pressão (daqueles usados para marcar gado).
Acompanhamentos
Sirva a leitoa acompanhada da mandioca. Também são servidos alface, limão ou laranja e farinha de mandioca.
fonte:
Desenvolvido pela CELEPAR
Secretaria de Estado da Cultura - Paraná da Gente Rua Ébano Pereira, 240 - Centro - Curitiba - Paraná - Brasil 80410-903 - Telefone: 41 3321-4700
- Fax: 41 3321-4708

pesquisa e seleção de receita Anildo Guedes
foto: site da cidade de Cambara - http://www.cambara.pr.gov.br/

domingo, 8 de março de 2009

Selar a carne

Nunca soube fazer isto direito. Na minha passadinha semanal pelo site rainhas do lar, achei uma foto boa e um texto facinho de entender:

'Selar' a carne é um dos processos mais importantes para garantir a maciez e suculência (umidade) da carne quando o método de preparo for por calor seco (carnes grelhadas, assadas ou fritas em pouco óleo). Selar significa dourar a superfície da carne rapidamente em uma superfície bem aquecida (panela, grelha ou forno) para 'selar' (fechar, encerrar) a superfície, evitando a perda dos sucos naturais da carne e reduzindo o ressecamento.
Portanto, espere até que se forme uma 'casquinha' torrada em um lado da carne para então virá-la do outro lado.
Fonte: SIC - Serviço de Informação da Carne. Depois que eu aprendi isso, nunca mais fiz de outro jeito.
copiado do site www.rainhasdolar.com (Faby)
seleçao texto e scanner: Anildo Guedes

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Bahia - Xinxim - Cimples Ocio roubando receitas




Olha esta receita da Faby no rainhasdolar.com

Eu estava devendo esta receita para a comadre Fafah, que me pediu há algum tempo e eu fiquei de postar. Então, comadre, aqui vai o meu xinxim de galinha procê.Bom, o Xinxim de Galinha é um prato afro-baiano, que nada mais é do que um refogadinho de galinha com dendê e camarão seco. Normalmente é feito com coxas e sobrecoxas, há quem incremente com gengibre (eu acho uma boa, mas não tinha hoje), enfim... o meu é muito simples.Usei apenas sobrecoxas, que retirei as peles e gordura, lavei bastante com água corrente e depois limão sem enxágue. Furei a carne, temperei com alho e sal pilados e deixei pegar o tempero de véspera (mas 1 hora já tá de boa). Numa panela, dourei cebola picadinha, num tantinho só de dendê - que para mim dendê tem que ser de leve; deitei as sobrecoxas e dourei um pouco; pinguei cachaça, deixei evaporar e cozinhar um pouco; depois somei um punhado de pó de camarão seco (camarão seco batido no liquidificador), pó de amendoim e castanha, um punhadinho de coco ralado, um tantinho de leite de coco, um tantinho de pimenta Tabasco, alguns camarões secos sem cabeça, e deixei cozinhar ali no fogo baixinho, devagar... quando a carne estava macia e o molho reduzido e encorpado, juntei um punhado farto de coentro picadinho, e estava pronto o meu delicioso xinxim.

fonte: textos e fotos : http://www.ranhasdolar.com/ (Faby)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sabores do Ceara - Cimples Ócio cozinha regional







Esta postagem é uma provocação ao nosso polêmico umbigueiro e cozinheiro de mão cheia, além de forrozeiro e brigador cultural, o Ceará do Calamengau. Gostaria que ele, se couber rebater, ampliar, discutir já que esteve recentemente em visita à sua terra natal. O bom texto é do Hamilton Mellão Jr. E depois segue receita do baiao-de-dois do "bem feitinho"

Sabores do Mundo: Ceará

A melhor forma de entender o Ceara é através seus cheiros, temperos, cheiros, gostos e costumes culinários, que se sedimentaram atraves dos tempos consolidando essa cultura rica em costumes e tradições.
Mistura saborosa da cozinha portuguesa com a alimentação indigena acrescida dos temperos de origem africana, a gastronomia cearense tem seus alicerces na pesca, na pecuaria e em algumas culturas agricolas. Do mar vem a materia prima para inumeros pratos tipicos (camarão ensopado ao alho e óleo, casquinha de caranguejo,peixada mista). Da produção agricola, o destaque fica por conta da macaxeira, da batata-doce, do coco e do milho, base de bolos, canjica, mungunzá (feito com milho branco e coco). Já o arroz e o feijão de corda verde são responsaveis por um dos prtaos tipicos e singelos da região: o baião-de-dois, com manteiga-da-terra (nata) e queijo de coalho. Às vezes, é acompanhado de paçoca (carne seca misturada com farinha de mandioca), mas geralmene é servido como prato único. A panelada, a buchada, o sarrabulho (ou sarapatel) são outros exemplos de pratos salgados difundidos no Estado.
Das frutas tropicais (caju, mamão, coco, manga, goiaba, maracujá e cajá, entre outras) são elaborados doces, sucos e sorvetes. \no caso do caju, também, uma das riquezas do vizinho Piaui, é feito um dos principais subprodutos, a cajuina, uma bebida fermentada de gosto doce e suave (não alcoólica) que foi louvada por Caetano Velozo em uma de suas músicas mais conhecidas.

fonte: Revista Expressions \brasil - n. 43 out/nov/2008 (cedido por Cibel Del Gobbo) - pag 115 - texto de Hamilton Mellão Jr.

Comida típica do sertão do nordeste. Originalmente, o feijão é cozido em uma panela de ferro, e só depois, acrescente o arroz e deixa cozinhar. O processo todo demora muito tempo. Para facilitar, pode cozinhar o feijão à parte, na panela de pressão.
Baião de Dois / Baião
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
Capitão que moda é essa
Deixe a tripa e a cuié
Homem não vai na cozinha
Que é lugar só de mulhé
Vô juntá feijão de corda
Numa panela de arroz
Capitão vai já pra sala
Que hoje tem baião de dois
Ai, ai, ai
Ai baião que bom tu sois
Ó baião é bom sozinho
Que dirá baião de dois

Sucesso antigo da dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, honra e glória da música popular brasileira, a letra de Baião-de-dois, escrita em meados do século passado, mostra que o prato nasceu humildemente, como aconteceu com o próprio o rei do baião — Gonzagão era filho de família pobre de Exu, Pernambuco. No Ceará, terra do parceiro Humberto Teixeira e berço provável da receita, compunha-se da mistura simples de feijão-com-arroz, toucinho, algum tempero, um pouco de farinha e nada mais.
Variações:
Hoje, abriga ingredientes diferentes, dependendo da região, da oferta de alimentos, das preferências do cozinheiro e do gosto do freguês. Na Paraíba, chama-se rubacão. Em Alagoas, arrumadinho. Há quem use queijo de Minas ao invés do de coalho, adote temperos diferentes, troque a cebola por pimentão, sirva a carne-de-sol como acompanhamento, junto com paçoca e pirão. Apesar da variabilidade, tudo é baião-de-dois. É um prato comum em São Paulo. Afinal, a capital paulista abriga um contingente de mais de quatro milhões de nordestinos ou descendentes. Centenas de restaurantes, bares ou barracas de feiras oferecem versões diversas cotidianamente, entre outras receitas típicas. Alguns são sofisticados, do ponto de vista formal, embora a qualidade da comida nem sempre acompanhe o capricho visual. Outros se destacam pelo sabor de seus pratos, atraindo gente de tudo quanto é canto, credo, cor, poder aquisitivo e profissão.
Baião de Dois / Receita
Ingredientes:1/2 kg de feijão verde, ou feijão de corda, que é feijão verde já seco
200 g de toucinho defumado
1 paio (cortado em rodelas)
2 tabletes de caldo de bacon
1 cebola grande picada ou ralada
1 dente de alho amassado
1 pimenta de cheiro amarela
4 colheres (sopa) de óleo Salsinha ou coentro picado,
de 1 colher (sopa) à 1 xícara2 e 1/2 xícaras (chá) de arroz
150g de queijo de coalho (cortado em fatias finas)
Preparo:
Lave o feijão e deixe o feijão de molho de véspera.
No dia seguinte, cozinhe-o juntamente com o paio e o caldo de bacon dissolvido em dois e meio litros de água fria.
Se usar o feijão mulatinho opte pela panela de pressão.
Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 1 hora.
Em outra panela, doure a cebola e o alho, no óleo.
Junte o coentro e o arroz e refogue bem até ficar brilhante e um pouco transparente.
Acrescente o feijão e o paio já cozidos, juntamente com o caldo.
Misture bem, tampe a panela e deixe cozinhar até que o arroz fique cozido, úmido e com consistência cremosa.
Durante o cozimento do arroz, se necessário adicione água, tomando o cuidado para não deixar a mistura ficar seca.
Junte a salsinha e mexa com cuidado.
Então, cubra o arroz com as fatias de queijo.
Tampe a panela novamente e deixe que o vapor derreta o queijo. Sirva em uma travessa de barro acompanhado de um ou mais acompanhamentos abaixo:
Costelas de porco
Mandioca frita
Ovo frito
Carne de sol frita ou assada
Banana-da-terra cozida e picada ou com farinha de mandioca
Dicas e Opções:
Acrescente 1 pimentão vermelho grande picado ou verde.
O toucinho é usado para dar gosto ao feijão. Se preferir, cozinhe o feijão com carne seca dessalgada e picada em pedaços pequenos.
Use queijo mussarela ou queijo de minas no lugar de queijo de coalho, mas isso só se não achar, o que é uma peninha.
Use manteiga de garrafa ao invés de óleo.
O feijão pode ser substituído por mulatinho ou carioquinha, claro que não dá o mesmo resultado.

Alex Atala e o sociologo Carlos Alberto Doria - Cimples ocio dicas de livros


Segue outra dica, que em alguns tópicos discute a real origem da culinaria brasileira. Postei apesar da velha moda de usar nomes para vender livro, mas trabalha um pouca com o que pretendemos que é vivenciarmos (comendo e fazendo! ou vice-versa) e sabermos mais da historia da gastronomia brasileira.

"Outra novidade é Com Unhas, Dentes & Cuca – Prática Culinária e Papo-Cabeça ao Alcance de Todos, escrito pelo chef Alex Atala e o sociólogo Carlos Alberto Dória. O título foi uma sugestão de Atala. “Com a mão é que a gente cozinha, com a boca é que a gente come e é com a cabeça que a gente pensa. São as três fontes que a gente pesquisou durante esse processo”, explica. Trata-se de uma reflexão sobre o futuro da gastronomia clássica e moderna. Não há receitas, porém os autores dão dicas e discorrem sobre algumas técnicas para cozinhar a baixas temperaturas ou a vácuo, para fazer sorvetes de um jeito mais simples etc. Também é discutida pelos autores a real identidade da cozinha brasileira.
Com Unhas, Dentes & Cuca – prática culinária e papo-cabeça ao alcance de todos
Preço estimado: 60 reais"
Viviane Zandonadi e Renata Rodrigues
fonte: Veja São Paulo - Turismo e Gastronomia
foto: veja São Paulo

Comida e filosofia - Cimples Ocio - dicas livros

Minha pretensão é que os Umbigueiros (Umbigos recostados na mesa do Cimples Ócio) sem muita frescura torne-se semanalmente um grupo de estudos da culinaria brasileira. Toda terça já bebemos e comemos bem, além de ouvirmos boa musica brasileira - choros e sambas. Esta dica de livro é para ampliarmos ou abrirmos mais frentes de ideias.

A Cozinha do Pensamento
Das prateleiras de livros que tratam de comida, pinçamos uma peça muito interessante chamada A Cozinha do Pensamento
- Um Convite para Compartilhar uma Boa Mesa Com Filósofos
Autor: Josep Muñoz Redón, escritor e professor espanhol
Preço médio: 45 reais, da editora Senac
É um livro que relaciona filosofia e gastronomia e que em suas páginas conjuga os verbos comer, pensar e amar. Para o autor, a gastronomia é a arte de condimentar os alimentos para produzir felicidade. Já a filosofia é o engenho de cozinhar idéias para obter perguntas.Há, na avaliação de Redón, três maneiras de comer e três modos de viver.
1. comer de tudo até saciar-se
2. selecionar os alimentos e transformá-los em algo nutritivo e que ao mesmo tempo acaricie nossos sentidos
3. degustar coisas novas, nunca antes saboreadas pelo paladar humano
Com base nessas afirmações, são traçadas breves biografias de grandes pensadores. O fio condutor de cada capítulo é a forma como esses filósofos se relacionavam com a comida.
Uma curiosidade: os capítulos são distribuídos de acordo com a percepção dos sabores:
- na ponta da língua, notamos as coisas doces
- as salgadas são percebidas em toda a superfície
- na parte posterior, sentimos o armargor dos alimentos
- nas laterais, percebemos a acidez
Na ponta da língua está, por exemplo, o doce do Pitágoras. O mel. Elemento-chave de seu cardápio.Ele era vegetariano.
Entre os preceitos que tinham a ver com comida, verdadeiros mandamentos como 'não coma o coração, não coma favas, não coma louros, não mate frangos, abstenha-se de comer seres vivos'.
Com uma postura muito próxima do que conhecemos como espiritismo, ele acreditava que a alma humana poderia reencarnar em qualquer ser vivo -- daí afastar-se do consumo de proteína animal, por exemplo, e até de alguns vegetais. O mel e as frutas, no entanto, eram os alimentos preferidos e os mais valorizados na dieta pitagórica, se é que podemos chamar assim.Diz o autor em seu livro que o mel deve até ter contribuído para o desenvolvimento da matemática. "O mel, sem dúvida, é o alimento energético por excelência. A espetacular ação positiva que exerce sobre o organismo deve-se a componentes como os açúcares, poderosos catalisadores capazes de liberar a energia... O simples consumo regular de mel exerce uma ação positiva sobre os corações castigados pelo estresse..."Ao fim de todos os relatos, há sempre uma receita construída com base no cardápio de cada filósofo. No caso de Pitágoras, o prato oferecido é maçã e pera ao mel com amêndoas e pinhões, servido morno.

fonte: Veja São Paulo

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Pinhão - Cimples Ocio comidas do Paraná


Faz tempo que ando querendo fazer alguma coisa com pinhão, já que o espaço Cimples Ócio tem 03 pinheiros e 02 fornecem boas pinhas anualmente - maio e junho. Foi um alimento importante para os indios e primeiros povoadores do Parana. É essencial nas festas juninas comido cozido e assado e em diversos pratos na região sul. Vamos lá:
Salada de pinhão:
Ingredientes:
01 quilo de pinhão cozido e descascado
01 molho de tempero verde
01 cebola media
Azeite, sal e vinagre a gosto
Modo de fazer
cortar o pinhão em tirinhas. Picar bem miudinho a cebola e o tempero verde. Misturar tudo, acrescentar o sal, o azeite e o vinagre.

fonte: Revista Gourmet Curitiba - ano 1 - edição 3 - maio/junho 2008
foto/fonte: roubada do Blog Sal grosso e ervas finas - que é do Paulinho Sabbag, bom musico aqui do Parana.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Açai / Luis da Camara Cascudo - Cimples Ocio Pará


Aproveitando que tenho que entregar o livro a Bibloteca Publica aqui em Curitiba (está atrasado dia 13) e gostaria de incluir algumas bebidas regionais tanto na degustação dos Umbigueiros na reunião das terças como no cardapio permanente nos eventos do Cimples Ócio segue um resumo do capitulo 40 do livro Antologia da alimentação no Brasil. É mais um livro do Luis Camara Cascudo que muito colaborou para a historia e costumes do povo e da culinária brasileira, este com diversas colaborações. Tem algumas coisas sem graça, midiaticas diria eu, mas tem textos que dá para co-relacionar história da culinária com a do povo brasileiro:


Açai, a bebida do Pará (resumo)
Quem vai ao Pará
Parou . . .
Bebeu açai,
Ficou.

Fruto da palmeira Futerpe oleracea.

Setembro de 1848 - Alfred Russel Wallace: "... bebida muito apreciada pelo povo, é que é, de fato, muito boa, quando a ela nos acostumamos. . . . e sua popla, muito delgada e pouco perceptivel. é que é aproveitada. . . . que se come com açucar e farinha. Com seu uso torna-se muito agradavel ao paladar. . . . vendida nas ruas, durante o ano todo.

Robert Avé-Lallemant - junho de 1859: "Açai! Açai-i-si! ...encontra numa panela um molho cor de vinho, um caldo de ameixas. . . . Este molho cor de vinho é na margem do rio Pará exatamente o mesmo que o mate no Rio Grande do Sul e nas republicas espanholas, o café fraco para as mulheres do Norte e o chá para as damas histéricas. . . . o principal alimento do povo.

Pesquisando "o folclore bairrista" Joao Ribeiro exumou ua literatua adversa às excelências do açai são, salientando-se Verbrugghe, francês dispéptico. "As virtudes do açai são, entretanto, muito problematicas. É uma bebida detestavel, só usada da plebe e que apenas se encontra nas mercearias e tendas menos frequentadas da cidade, nos botequins baratos.

Fonte:

Livro: Antologia da alimentação no Brasil - Luis da Camara Cascudo (organizado por), Livros Tecnicos e cientificos 1977 (Raizes do Brasil) - acervo: emprestimo Biblioteca Pública do Parana - janeiro 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Caldeirada de mexilhoes - Cimples Ocio comida boa

Procurando postagens sobre samba no Rio acabei achando esta receita. Como quero introduzir a caldeirada no cardápio do Cimples Ocio compartilho com voces a ideia e receita.

CALDEIRADA DE MEXILHÕES
Ingredientes:2 kg de mexilhões, 4 colheres (sopa) de azeite, 2 cebolas cortadas em rodelas finas,massa de tomate, pimenta, salsinha, vinagre, sal.
Modo de Preparar:Raspar as cascas dos mexilhões e laver bem. Colocar numa panela, sem água, e levar ao fogo. Com o calor, eles se abrirão. Retirar das conchas e fazer um refogado com azeite,cebola,vinagre, salsa, sal e pimenta. Juntar depois a massa de tomate e os mexilhões. Juntar a água, pouco a pouco, e deixar ferver. Cortar 4 pães em fatias, torrar um pouco e colocar no fundo de uma terrina própria. Sobre as torradas colocar os mexilhões. Tapar a terrina e servir bem quente.
fonte: http://cabrochaflordosamba.blogspot.com/

Panelas de barro de Goiabeiras - Cimples Ocio na cozinha


O pessoal dos umbigueiros aqui em Curitiba sabe que sou louco para transformar a panelagem da cozinha do Cimples Ócio tudo em ferro e barro, então roubei este artigo com ótimas informações para qualquer dia tentar fazer uma panela ali mesmo.


"Durante estas férias estive na Praia da Costa em Vila Velha (ES) visitando meu grande amigo Leandro Nunes, seus irmãos Vinícius e Fabrício, e seus pais Roger e Rose, nossos amigos. O passeio ainda não terminou mas já vale compartilhar a visita às artesãs das panelas de barros do bairro de Goaibeiras, em Vitória. As Paneleiras, assim chamadas por ser a maioria das artesães mulheres, residem no bairro de Goiabeiras, em Vitória. O IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), recentemente aprovou o registro do ofício das Paneleiras para ser inscrito no Livro de Registro dos Saberes e declarado Patrimônio Cultural do Brasil.
A panela de barro na qual são confeccionados os principais quitutes da região – a moqueca de garoupa salgada com banana da terra, a moqueca e a torta capixabas –, é uma tradição que sobreviveu desde os tempos dos descobrimentos. A técnica para a sua confecção é inteiramente indígena, com a utilização de barro misturado com areia para impedir fissuras. A peça é modelada e colocada ao ar livre para secar e posteriormente alisada com um seixo para retirar os grãos de areia mais grossos. Segue-se o cozimento, feito em fogueira a céu aberto, e o tratamento da superfície da panela com tanino (tinta retirada da casca de árvores do mangue). As artesãs do barro, chamadas “paneleiras”, instaladas no Bairro das Goiabeiras mantêm viva a tradição, fornecendo não só aos restaurantes locais estes recipientes essenciais na confecção dos pratos típicos, como também aos turistas interessados em aprender a utilizar tão exótico objecto de cozinha.
O mais famoso prato da cozinha capixaba é a moqueca de peixe e camarão, feita na panela de barro. Essa culinária é fruto da miscigenação indígena/africana/portuguesa. É uma cozinha com perfil bem brasileiro. A tradicional Panela de Barro, recipiente ideal para o preparo da moqueca, pode ser encontrada em diversos locais na cidade. Mas o bairro de Goiabeiras é o reduto tradicional das paneleiras em Vitória. A Associação das Paneleiras de Goiabeiras conserva a tradição de 400 anos da confecção das panelas, que passa de mãe para filha, utilizando o barro de batinga e a tintura de tanino, retirada dos manguezais de Vitória. A produção das panelas de barro é constante, e todas as peças produzidas são vendidas aos turistas e à população da Grande Vitória. As panelas da Associação possuem o Selo de Qualidade das Panelas de Barro, criado pela Prefeitura de Vitória. As vendas são feitas diretamente no galpão da Associação das Paneleiras.
Por não mais de R$ 15,00 pode-se comprar uma linda e grande panela, diretamente das mãos da artesã que a preparou. Estamos voltando para casa com três. Espero que não pese muito na bagagem. De qualquer modo, quando prepararmos um feijão no barro lá em casa, vai valer o esforço!"