quarta-feira, 20 de maio de 2009

Festivais da cachaça - junho / julho 2009

VI Festival da Cachaça de São Lourenço - MG
Dias 19 a 21 de junho de 2009

VIII Festival Mundial da Cachaça
A Cachaça de Salinas
O crescimento da produção de cachaça genuinamente nacional é destaque no Brasil e no Exterior e representa cerca de 80% do segmento de destilados, sendo que a produção de cana-de-açúcar no Brasil, somente para a fabricação de cachaça, chega a 10 milhões de toneladas por ano, o equivalente a uma área plantada de 125 mil hectares.
Os produtores de Salinas também são atores deste mercado e respondem por uma das principais atividades econômicas do município que gera emprego e renda, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da região.
Todo o processo produtivo da cachaça de Salinas é artesanal e obedece a rígidos padrões de qualidade, sendo esta característica um grande diferencial para os mais exigentes paladares que apreciam o nosso produto, pois possuem sabor e aroma inigualáveis.
Intitulada CAPITAL MUNDIAL DA CACHAÇA, Salinas é terra de gente acolhedora, amiga e receptiva. Sempre de braços abertos ao nosso turista que prestigia a nossa cidade com sua presença.
Você é nosso principal convidado para o VIII Festival Mundial da Cachaça nos dias 17 a 19 de julho de 2009.

Mulheres na cachaça e homens na cozinha


Lançamento do livro, vejam mais detalhes:
http://www.cuecasnacozinha.com/


Vejam boas dicas para conhecermos mais cachaças pelo Brasil, datas sobre um festival de cachaça em São Lourenço/MG, tópicos sobre degustação e um blog legal com receitas e homens na cozinha com lançamento de livro:
http://www.garimpodacachaca.com/


"Esqueça a imagem do homem que bate com o copo na mesa, vira num só gole a dose de aguardente e estrala a língua para mostrar que agüentou firme o fogo da cana na garganta."
É com a participação de um grupo de mulheres que a cachaça gaúcha se afasta desse estereótipo e pouco a pouco conquista reconhecimento como um produto de qualidade.
E o melhor: não arranha a goela.
Patrícia Braga (cachaça Dom Braga), Jeanine Sangalli (Água da Pipa), Luzia Abreu (Bento Albino), Cristiane Barcelos (Moenda Nobre) e Carla Adam (Moenda Nobre) formam uma turma unida.
Estão à frente de quatro alambiques do Rio Grande do Sul que produzem por ano 110 mil litros de cachaça. É pouco se comparado com os cerca de 500 milhões de litros que o Brasil produz em alambiques, ou mesmo com os 15 milhões de litros fabricados no Rio Grande do Sul. Mas não é em quantidade que a bebida das gaúchas pretende se destacar.
Um dos desafios das cinco empresárias é enfrentar a idéia de que cachaça é coisa para homens e construir um mercado para o produto de qualidade.
- Acontece muito de eu ir a um bar, pedir uma cachaça e o garçom ficar assustado. Ainda mais aqui no Rio Grande do Sul. Em outros Estados, é até comum chegar em um restaurante fino e te oferecerem uma cachaça de aperitivo - conta Luzia.
Durante a reportagem, as cinco empresárias da cachaça gaúcha sorriram, retocaram a maquiagem, deram risada dos momentos divertidos que passaram desde que se conheceram. A relação foi construída durante a convivência nas reuniões do grupo Alambiques Gaúchos, que reúne 17 estabelecimentos e é coordenado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Hoje, as cinco são muito mais amigas do que concorrentes. - Com a gente não tem essa coisa de segredo industrial. Dividimos experiências. Quando uma consegue uma boa muda de cana, passa para outra. Quando descobre bom fornecedor, indica - relata Patrícia.
Recentemente, os alambiques administrados pelas integrantes do grupo se uniram para comprar mais barato cerca de 12 mil garrafas de vidro, em um negócio que envolveu também a cachaça Weber Haus. Nas feiras nacionais e internacionais, as empresárias dividem estandes e engrossam o coro do Alambiques Gaúchos, lembrando que das 29 marcas de cachaça com qualidade certificada segundo padrões do Instituto Nacional de Metrologia, 11 são do Rio Grande do Sul. - Não temos como competir em volume com Estados como Minas Gerais. Mas, em qualidade, já estamos - assegura o coordenador de Agronegócios do Sebrae-RS, Angelo Aguinaga. Um aumento da ligação das mulheres com o negócio da cachaça e a possibilidade de se trabalhar o público feminino como consumidor foi constatado no estudo acadêmico que Carla Adam fez sobre o mercado, antes de investir R$ 300 mil para montar o próprio alambique, no ano passado. - Há muito campo a ser explorado (entre consumidoras), porque a mulher tende a ter um gosto refinado, presta mais atenção nos detalhes e conta com paladar aguçado - diz. Pelo menos entre as amigas, Jeanine já disseminou o gosto pela cachaça. Na confraria feminina que mantém com 17 mulheres, sempre dá um jeito de falar sobre o produto e promover degustações. E não se furta a responder a quem, por brincadeira ou preconceito, a chama de cachaceira. - Sou cachaceira, sim. Com muito orgulho!
Por: Sebastião Ribeiro - Fonte: ZERO HORA

- é um dos links deles (pesquisa) - vale a pena uma lidinha.
- outra site cheio de informação sobre cachaça artezanal:
www.amigosdacachaca.net

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Cerveja - polemicas, gostos e dominio de mercado

Terminando este capitulo das postagens sobre cerveja, entrem no blog abaixo e vão conhecer varias boas cervejas e sobre mercado leiam o texto logo depois. (Agora so me falta a grana para o consumo das super premium):
http://latinhasdobob2.zip.net/

Cervejas caipiras ganham espaço e consumidores fiéis no Brasil
Data: 20/03/2009


Fonte: http://www.industriadebebidas.com.br/noticia_02.php
O consumo de cervejas artesanais no Brasil cresce a cada dia.
A qualidade da produção nas microcervejarias é de deixar qualquer um boquiaberto. Consumidores que apreciam cervejas de qualidade têm hoje no país, uma gama de opções de artesanais.
Alexandre Bazzo, cervejeiro e proprietário da Cervejaria Bamberg de Votorantim, SP, ressalta que "as microcervejarias artesanais trazem a cultura cervejeira e oferecem produtos com maior sabor e aromas porque utilizam matéria prima de maior qualidade. "Bazzo viaja frequentemente à Europa em busca de ingredientes e métodos de fabricação de cervejas artesanais.
É especialista em estilos de cervejas e categórico ao se mostrar contra a imagem passada pela publicidade das grandes marcas de cerveja do país. Para ele, deve haver distinção entre o consumo de cerveja e a farra divulgada.
Estilos diferentes como a Altbier são as meninas dos olhos do cervejeiro.
Hoje ele é o único no Brasil a produzir este estilo de cerveja, cujas características vão contra tudo o que é incentivado hoje. É uma cerveja vermelha, amarga e com alto teor de lúpulo, ou seja, a antítese do que prega atualmente o mercado dominado pelas grandes cervejarias que investem em bebidas leves e com muito gás.
As cervejas artesanais raramente se utilizam de milho ou arroz em sua composição (que são cereais que não agregam sabor, apenas reduzem os custos), ingredientes usados no processo de fabricação das macrocervejarias.
Para Bazzo, "o brasileiro está aprendendo a beber cervejas artesanais de ótima qualidade e consequentemente passa também a se interessar pelos métodos de fabricação dessas cervejas. "Exemplo de sucesso no setor, a Bamberg foi eleita este ano a melhor pilsen artesanal do Brasil, em degustação promovida pelo caderno Paladar do Estado de São Paulo.
A microcervejaria tem apenas dois anos e produz vários estilos de cervejas, dentre elas a Munchen, Bock, Weizen, Pilsen e a Alt, única cervejaria do Brasil que produz este tipo de cerveja. "Produzir cervejas de alta qualidade com sabor e aroma é hoje realidade nas microcervejarias do Brasil. A pesquisa, dedicação e utilização de matérias primas de qualidade na produção são itens fundamentais nesse processo, presentes na maioria das microcervejarias do país", finaliza Bazzo

Cerveja - marcas e fotos de 116 paises + delirium tremens

Esta achei no blog combustão, buscando algumas curiosidades sobre a cerveja nossa de cada dia. E na busca sobre cervejas belgas, achei uma que tomei uns tempos atras e aproveitando o ensejo da postagem anterior sobre nossas pilsens fraquinhas roubei o texto.
Vejam foto neste blog das cervejas mais populares:
http://www.combustao.org/2008/11/cerveja-pelo-mundo-116-marcas-e-paises/

Texto sobre a cerveja que ja provei:

O que vem à sua cachola quando ouve o termo "DELIRIUM TREMENS"?

Seja o que for, com certeza tem a ver com essa deliciosa cerveja belga.
Ah sim, porque "DELIRIUM TREMENS" é uma "Strong Ale" macia, encorpada, e com uma graduação alcoólica de delirantes 8,5% !Os belgas tem uma relação de amor com suas cervejas que arranca lágrimas dos olhos.
São tantas as variedades - em sua grande maioria, artesanais - que lembra um paraíso onde se quer passar o resto da eternidade...E são sacanas também.
Não é nada incomum encontrar biers de nomes engraçados, provocantes e até blasfemos.
No caso da DELIRIUM, a bagunça começa pelo rótulo, cheio de conhecidos que sempre aparecem em algum estágio da bebedeira. O principal: um elefante rosa. O visual só fica sério quando você nota a garrafa pintada para parecer cerâmica de Köhln (do tipo usado para envasar algumas das mais deliciosas birras do planeta).
O "cervejeiro de churrascos de fim de semana regados a pagode e antarctica (argh!)" vai achar esse néctar um tanto forte. Já o apreciador vai notar que a alta graduação alcoólica é suavemente quebrada por um fundo frutado, mistura de 3 tipos de cevada, bem típico das Ale Belgas.
Embora produzida por uma cervejaria centenária (Huyghe), só foi introduzida no mercado em 1989.
O sucesso é tanto pelo sabor delicioso quanto pela apresentação prosaica, que faz os turistas levarem caixas e mais caixas para os amigos bebuns...Se você ainda não teve a experiência Delirium Tremens, eu desejo que não demore pra isso acontecer.
Mas que seja a cerveja, não o surto...Nota para a belga doidona: 10 com louvores (11, se bebida em plena Grote Markt, a praça mais linda da Terra...)
fonte: conservadonorock.blogspot.com/2009/05/uma-belga-doidona.html

Cerveja - historia


Faz tempo que procurava algo da historia da cerveja. Roubei do site da Ambev.
Hoje aos cinquenta anos estou meio enjoado destas pilsens comuns empurradas gargalo abaixo (de preferencia 600ml) pelas industrias endinheiradas do Brasil. Vale pelo texto.


História da Cerveja
Muitos dos hábitos e das possibilidades que hoje cercam a cerveja brasileira são resultado de uma longa e lenta evolução. Muita coisa mudou – inclusive a própria bebida – desde que os primeiros barris desembarcaram no Rio de Janeiro, nos porões dos navios que trouxeram a Família Real portuguesa para o exílio no Brasil, em 1808.
Sabe-se que o próprio príncipe regente Dom João, notório apreciador da cerveja, foi um dos principais responsáveis por sua difusão. É verdade que a cerveja consumida por Sua Alteza não era exatamente o líquido dourado, brilhante e leve que os brasileiros aprenderiam a saborear. Em vez das loiras geladas, o príncipe apreciava as marcas mais morenas e encorpadas, típicas da Inglaterra. Uma questão de preferência motivada, talvez, pelo desconhecimento de outras possibilidades.

Até chegar ao atual estágio, a cerveja – uma das bebidas mais antigas do mundo – percorreu um longo caminho. Muita gente ainda acredita que o líquido tenha se originado na região da atual Alemanha, de onde teria se espalhado para o restante da Europa durante a Idade Média. A história não é bem essa. Pode-se dizer, sem exagero, que a evolução da bebida confunde-se com a própria história da civilização.
Segundo alguns pesquisadores, mesmo antes de surgirem as primeiras aldeias na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, onde é hoje o Iraque, por volta do ano 3500 a.C., nossos ancestrais já consumiam um líquido alcoólico resultante da fermentação de cereais imersos em água. O que se sabe, com certeza, é que a humanidade aprendeu a fazer cerveja tão logo descobriu uma forma de armazená-la e antes mesmo de dominar a arte de fazer o pão.
Os sumérios e os babilônios foram os primeiros a legar para as gerações posteriores um registro de como se fabricava a bebida. Um monumento conhecido como Pedra Azul, que se encontra hoje exposto no Museu do Louvre, em Paris, datado dos primórdios da civilização suméria, contém inscrições sobre como se produzia a cerveja. Conforme registros que datam de cinco milênios atrás, esses povos dominavam os processos produtivos de mais ou menos 20 tipos de cervejas diferentes. O principal deles dava origem a uma bebida conhecida como Sikaru, utilizada para honrar os deuses e para alimentar os doentes.

O certo é que a cerveja logo se popularizou entre os povos antigos e não tardou a ultrapassar os limites da Mesopotâmia. Dali, o líquido precioso chegou ao Egito, onde passou a ser produzido em larga escala. Arqueólogos que conduziram escavações nas tumbas dos faraós, em meados do século XIX, encontraram entre os objetos de ouro e dos outros tesouros sepultados ao lado os soberanos, cestos e mais cestos abarrotados com os cereais utilizados na produção da cerveja. Um papiro, escrito há mais de mil anos da era cristã, tratava do processo de produção de uma bebida forte, chamada Dizythum, e de uma outra mais fraca, batizada de Busa. Em 1990, descobriu-se nas escavações do Templo do Sol, da rainha Nefertiti, uma enorme cozinha onde se produzia a cerveja à base de cevada, que ainda hoje é o principal malte utilizado na fabricação das cervejas.
Tudo isso dá uma idéia do prestígio que a bebida tinha entre um dos povos mais evoluídos da Antiguidade.
E mais: há registros de que a cerveja era distribuída aos trabalhadores que ergueram as pirâmides – com o objetivo de relaxá-los. Ou seja, desde os tempos mais remotos, o hábito de tomar uma cervejinha depois do batente já era considerado saudável. Tudo isso comprova que os egípcios, de fato, eram mais sábios do que se imagina.
Inspiração divina
De uma forma ou de outra, as bebidas alcoólicas produzidas a partir da fermentação de cereais e outras plantas eram conhecidas em diversas partes do mundo. Em algumas regiões da África, produziam-se bebidas a partir de gramíneas nativas como o sorgo e o milheto. Os chineses dominavam um processo de fabricação mais avançado do que o egípcio e produziam uma cerveja à base do arroz.
A civilização asteca, que floresceu onde hoje é o México, e os próprios índios que viviam nas matas que viriam a se tornar o Brasil tinham suas bebidas fermentadas.
O líquido criado pelos habitantes primitivos da nossa Pindorama era obtido a partir da fermentação da mandioca. Mas o certo mesmo é que o processo do qual se originou a cerveja que hoje conhecemos foi aquele desenvolvido no Egito e que chegou à Europa no alvorecer da Era Cristã, levado pelos conquistadores romanos, que se encarregaram de espalhá-lo pelo seu vasto império.
No século I d.C., a cerveja já era produzida pelos antepassados dos alemães e dos franceses. E logo alcançou outras regiões do continente.

A Idade Média, vista por muita gente apenas como um período de trevas, também teve seus momentos iluminados. Foi naquela época, mais precisamente entre os anos 700 e 800, que a cerveja passou a ser produzida nos mosteiros e deu os primeiros passos para tornar-se esta bebida nobre, de sabor ligeiramente amargo. Foram os monges da era medieval os responsáveis pela adição do lúpulo à fórmula da cerveja – o que, sem dúvida alguma, deve ser visto como um sinal de inspiração divina. Hoje, as dezenas de variedades dessa planta estão presentes na grande maioria das cervejas conhecidas no mundo. A intervenção dos monges representou um passo importante não só no aperfeiçoamento do sabor, mas também na conservação da bebida.

Explica-se:
As cervejas mais antigas, preparadas segundo um processo extremamente rudimentar, tinham um ciclo de vida muito curto. Adicionava-se água ao malte e, depois, alguns aromatizantes que podiam ser a camomila, o coentro, a canela, o gengibre, o zimbro, o açafrão e até mesmo o pêssego. Essa mistura era posta para fermentar – e nesse processo se formava o álcool e o gás carbônico característicos da bebida. Os monges descobriram que o lúpulo não apenas empresta à cerveja o sabor amargo que a caracteriza nos dia de hoje como, também, impede que se deteriore num período muito curto de tempo. Ou seja, além de sofisticar o gosto, esse ingrediente comprovou-se um conservante natural e de ótima qualidade.
Graças à adição do lúpulo à sua receita, a bebida se disseminou pela Europa, vindo a adquirir, com o tempo, as características regionais que deram fama às cervejas de diversas partes do mundo. A Inglaterra, a Irlanda, a Holanda e a Bélgica são berços de algumas cervejas de excelente qualidade e de ótima reputação.

Nem todas, no entanto, são feitas da mesma maneira.
Assim como os antigos egípcios tinham a Dizythum, uma bebida mais forte, e a Busa, mais suave, as cervejas modernas também se dividem, basicamente, em duas grandes famílias. De um lado estão as do tipo Ale, como são conhecidas as cervejas de alta fermentação. Do outro, as Lager, de baixa fermentação. É desse segundo ramo genealógico que se origina o tipo de cerveja mais apreciado no Brasil.
Bebida shakespeariana
Em sua obra, Willian Shakespeare faz 14 menções à palavra “Ale” e cita cinco vezes a palavra “beer.” Isso nos leva a duas conclusões: uma é que no tempo de Shakespeare – ele viveu de 1564 a 1616 – a cerveja já era uma bebida muito popular; a outra é que além de gênio, o dramaturgo era um homem de bom gosto.

fonte: http://ambev.com.br/soc_01.htm