quinta-feira, 4 de março de 2010

Mel

Mesma revista da postagem anterior.
Doce família
Cardápio variado

A nutricionista Heloisa Padilha defende o uso do mel: “Ele é fonte de açúcar mais saudável. Tem ação imunológica, bactericida e anti-inflamatória. Ajuda a combater a tosse, a dor de garganta e a gripe”. O fã-clube levanta ainda a qualidade de ser um produto absolutamente natural e rico em vitaminas A, C e do complexo B.
Porém, não parta para a compra sem se preparar – como existem mais de 2 500 tipos de florações, a composição nutricional das diferentes versões de mel pode variar muito. Tipo de solo, clima, espécie de abelha também influem no produto final. “O que se sabe com certeza é que o mel escuro tem sabor mais acentuado e contém uma quantidade bem maior de sais minerais do que os claros”, ensina Neusa Vicente, do Apiário Florin, do Espírito Santo. Nessa troca, há uma desvantagem: como mascavo e mel apresentam poder adoçante menor do que os açúcares, corre-se o risco de usá-los em maior quantidade. A solução é educar seu paladar.

Outro critério pode ainda influenciar sua escolha. É o cultivo pelos métodos orgânicos, sem defensivos agrícolas e fertilizantes sintéticos, respeitando cuidados relativos à preservação do solo. O processo de produção não muda muito, mas dispensa a adição de substâncias químicas. “Por isso é mais fácil encontrar açúcar orgânico dos tipos mascavo, demerara e cristal, que não passam por processos complexos de refinamento”, ensina Fernando Alonso, gerente de produtos da fabricante Native.

Segundo a nutricionista Silvia Barreto, o mais importante é tentar manter o consumo dentro da dose recomendada pela Organização Mundial da Saúde. “Aliás, quem tem uma dieta balanceada não precisa sequer adicionar açúcar aos alimentos porque o organismo produz energia a partir de outros carboidratos.”

Seja qual for a sua escolha, vale um alerta: quando movido pela ansiedade, o apetite pelo doce costuma passar longe da dose recomendada e isso vale para qualquer um dos açúcares, já que o conteúdo calórico é semelhante. “O ideal seria se contentar com 30 g de chocolate ou um picolé”, aconselha Heloisa Padilha. Consumindo com moderação, o doce pode comparecer ao cardápio. E, de vez em quando, vale até permitir-se um extra. “Mas, quando o exagero é constante e vem acompanhado de outros fatores, como dieta desequilibrada e sedentarismo, o excesso pode levar ao sobrepeso, ao aumento de triglicérides e até a diabetes.” É aí que o doce pode amargar sua vida.

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